Quais as notas que ficam depois da quarta-feira de cinzas? Quais as palavras ditas ontem e esquecidas pela ressaca de hoje? Quantos abraços desconhecidos foram levados pela marchinha seguinte? Como a vida, essas hão de ser sempre perguntas sem respostas, mas aqui faço uma tentativa de, no mínimo, entendê-las e aceitar suas não respostas.
Falo sobre a solidão, a rua, as desventuras e os encontros de dias imersos em um carnaval racional. Falo em meio a um sonho de viver todos os dias como se fossem terças-feiras gordas.
--- Bernardo