A marcha de lilith
Meus filhos são os abortos que nasceram dos homens
pois meu ventre não é mangedoura nem berço para crianças
eu quero que todos saibam e me possuam
pois ninguém é dono de mim
eu sou a filha da dispersão e a mãe da angústia
a todos dou minha beleza mas a nenhum dou meu amor
e quero ser assim por todos os aeons que virem
serei eu abusada por todos os homens por todos meus orificios
pois eu sou hoje aquilo que não terás amanhã,
a bela jovem senhora do desespero
aquela que traz a paz para depois tirar
o engano no caminho daquele que busca seu pai no meio da noite
eu sou quem anuncia a coruja e o reencontro com o sol