as curvas se acabam na estrada de santos
cravejados sob meus pés
fragmentos pontiagúdos
da sua última declaração de amor
sílabas estraçalhadas
numa curva qualquer
das memórias daquilo que pensávamos ser
o sol a pino
cega com o brilho
dos destroços da sua voz vidro
o motor-cabeça, desligo
e sigo
em algum caminho
sem notar minhas pegadas de sangue
invento da sobrevivência
algum tipo de brio
frio