desmame
uma casa de paredes largas
tijolos guardando memórias
do cárcere dela
isolada de tudo
principalmente
de mim
a janela que limita
a vista do vasto pasto
onde a cerca delimita
as memórias bovinas
separadas de tudo
inclusive
de si
não domir
porque sonhos embalados assim
são saudades insones
brotam,
mugidos e lágrimas,
arrebatam durezas
as texturas das buscas
pelo que já não há
aqui