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feliz destino

esta metrópole
  imenso mar de novidades
tão entediante

gritos surdos
  no farfalhar das ondas
  que esconde a solidão
das ruas daqui

me rendo então
  manejo meu navio negreiro
  o convés abarrotado de fantasmas
  um feliz destino
rumo à displicência

meu corpo
  agora renegado
  de velas rasgadas
  pelo vento incessante
  das palavras não ditas
não resiste

    naufraga

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